sábado, 7 de agosto de 2010

Vida de imigrante é isto


Relato no blogue pessoal da cidadã brasileira Michele Maia de Brito sobre as dificuldades por que passa um imigrante em Portugal: «Sai daquela casa pra nunca mais voltar, mas tambem fiquei sem trabalho. Ainda tinha meu quarto e dinheiro pra mais ou menos uns 2 meses. Voltei a rotina de procurar trabalho e voltar pra casa sempre com um nao. O Celso nao me ajudava em nada, muito pelo contrario me deixava cada vez pior. Mas eu nao desisti. O Celso chegou, nos acertamos mais uma vez, prometeu que tudo seria diferente. Fomos pra casa de suas tias. Conheci a Manuela o Laslo e as crianças o Chris e o Samuel. Fomos pra praia nos divertimos e chegou novamente o dia dele ir. Novo sofrimento, choradeira enfim vcs ja sabem como e. Passou mais um mes e eu sem trabalho. Ate que fui fazer entrevista para trabalhar em um restaurante. Fui muito sincera com a entrevistadora, disse que tinha trabalhado em restaurantes e lanchonetes, mas nao sabia cozinhar, mas que estava disposta a aprender. Passou quase um mes e me chamaram para fazer teste de uma semana no restaurante Zeno do Casino Estoril, fui, mas nao foi nada facil era um mundo diferente do que eu conhecia, o chefe me detestava, passei por uma semana terrivel mas conheci pessoas incriveis que hoje chamo de amigos. Carla, Stefani, Paula, Tania, Juninho e todos que conheci por la. Acabou a semana acabou o trabalho.
Passado um tempo fui receber, e nao me disseram mais nada. Ja haviam se passado quase 4 mese e o Celso voltou, fomos pra casa de seu pais, fomos na festa dos Sao tomenses, no Buçaco, nao tinha nada la. Resolvemos ir passear na cruz alta. Foi muito bom tava precisando descansar. Passamos momentos bons conversamos muitos. Mais promessas, ficou tudo muito bem, mas passado o tempo eu sem dinheiro, aluguel vencendo, sem, comida. Eu tinha 10 euros na carteira ou eu comprava comida ou guardava pra pagar passagem. A Ane e o Dau me ajudaram muito, em todos os sentidos. Mas eu nao podia ficar so contando com eles. quando eu nao vi mais saida, eu ia a sef pra ser deportada, era a ultima semana ate vencer meu aluguel, quando me chamaram pra fazer um extra de uma semana no restaurante Zeno da Av. da Liberdade, foi otimo, o dau me emprestou dinheiro, trabalhei muito a semana toda, paguei o Dau e paguei meu aluguel. Depois fui chamada pra fazer mais quinze dias, mas nem tocaram no assunto de me contratar. No sabado, acabou o extra. Mas a Neia esposa do Lucio que conheci no Zeno do Cassino Estoril me chamou pra fazer um part time no restaurante aonde ela trabalha, fui de manha e ja comecei a trabalhar, gostei muito quando ja estava voltando pra casa a Catia me liga pra ir trabalhar novamente no Zeno da Av. da Liberdade, e eu disse que estava começando em outro restaurante mas era part time, que se fosse extra eu nao queria mais, foi ai que ela me disse que eles estavam me contratando e que eu começava naquela tarde do dia 12/10/2009. FIQUEI SUPER FELIZ
».

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